vendredi 3 août 2007

D. AFONSO III (PORTUGAL) - Conto de contar


AG CC.02
Espécie pertencente a Jorge Cardoso.

mardi 24 juillet 2007

D. AFONSO III (PORTUGAL) - CONTO DE CONTAR


AG CC.01 (?)
Espécie pertencente a Paulo Teixeira.

samedi 30 juin 2007

D. AFONSO III ( PORTUGAL ) - CONTO DE CONTAR

AG CC.02 (?)

lundi 11 juin 2007

D. MANUEL I (PORTUGAL) - CONTO DE CONTAR

AG CC.02
Espécie pertencente a Vitor Santos.
D. AFONSO V (PORTUGAL) - CONTO DE CONTAR

AG CC.11
Espécie pertencente a VLNUMIS.

vendredi 9 mars 2007

D. SEBASTIÃO (PORTUGAL) - CONTO DE CONTAR


AG CC.02
Espécie pertencente a nvmvstrade.
D. MANUEL I (PORTUGAL) - CONTO DE CONTAR


AG CC.05
Espécie pertencente a nvmvstrade
D. JOÃO III (PORTUGAL) - CONTO DE CONTAR

AG CC.02
Espécie pertencente a nvmvstrade.
D. JOÃO I (PORTUGAL) - CONTO DE CONTAR


AG CC.06
Espécie pertencente a nvmvstrade.

mercredi 7 mars 2007

D. AFONSO V (PORTUGAL) - CONTO DE CONTAR



AG 2006 CC17
Este conto pertenceu a Pedro Barbot. Foto de Pedro Barbot.
Pertence neste momento a Ruifb.

Os textos seguintes e fotografias seguintes foram extraídos, com a devida vénia, do Fórum de Numismática.

Não tendo sido usado como moeda, em sentido estrito, pois não serviu para efectuar pagamentos, foi no entanto importante objecto de contabilidade intimamente ligado à economia da sua época. À época de D. Afonso V, supõe-se que as moedas de conta eram trabalho importado do estrangeiro, segundo se escreve da zona que corresponde à actual Alemanha. Talvez fruto do seu fabrico no estrangeiro, nota-se rapidamente que não faz sentido a legenda do anverso. Aliás este é o grande tema que me continua a partir a cabeça nesta moeda de conta. No entanto não posso deixar de fazer a analogia com PORTVG e REX. Rodando +- 90º as combinações obtidas penso que sejam: VRTCSRSX ou SXVRTCSR ou SRSXVRTC ou TCSRSXVR A tipologia é ao ínicio confusa e a atribuição a Afonso V pode não ser de caras. Analisando o reverso e ao primeiro impacto surgem dúvidas sobre o que está representado. Dúvidas essas que ficam prontamente desfeitas consultando o grande Damião de Góis que numa das suas crónicas, ao descrever a de má memória batalha de Toro, nos fala do estandarte de guerra do próprio el-rei.".. levava o seu guiam com sua devisa que era o número sette, e hum rodizio de moinho com gotas dagoa…”. Com esta informação rapidamente se faz a analogia entre esta moeda de conta e o estandarte real deste rei. É sem dúvida um rodízio de moinho cercado de gotas de água. Na simbologia medieval as gotas de água representam a honestidade, a salubridade, a água que tudo limpa, sempre transparente, inodora e insípida, enquanto que o rodízio de moinho representa a economia rural. Além disto o próprio AG refere-nos o rodízio como símbolo de "empresa" (empresa em sentido antigo) de Afonso V. A tipologia do anverso é mais "vista" e partilhada por muita moeda de conta e numária europeia. A cruz que me parece bordonada, as epiciclóides... as flores de lis... Interessante as cruzes que separam cada letra da legenda. Admito que o que me impressiona mais é o reverso por ter sido possível símbolo real em Toro. Não posso deixar também de referir as semelhanças entre o anverso deste conto e o cruzado de ouro. Não sei até que ponto aquando da sua utilização no ábaco esta moeda de conta não valeria simbolicamente N cruzados de ouro.
Autor: Ruifb


Com base no artigo «Contos para Contar - Ensaio para o seu Conhecimento e sua Classificação», de Paulo Ferreira de Lemos, in NVMMVS, nº. 9, Agosto de 1955, o exemplar apresentado é de D. Afonso V, tendo em consideração os exemplares parecidos ao seu que aquele autor classifica e acerca dos quais diz «têm gravado o rodízio espadanando água, que bem caracteriza o reinado de D. Afonso V.» Ainda, acerca dos contos, ele sugere, e passo a citar «os contos para contar, segundo uma boa hipótese, teriam sido trazidos para Portugal por Afonso III, que os conheceu em França e aqui introduziu o seu uso.» Num outro artigo, «Contos para Contar ou Moedas para Correr?», in NVMMVS, nº. 2, Abril de 1953, o mesmo Paulo Ferreira de Lemos, recorrendo ao «Arch. Port., vol 7» e citando Manuel Joaquim de Campos, que ele considera um erudito na matéria, diz no que às legendas respeita: «Nalgumas legendas há palavras incompletas, como VERDA, CONT, e outras a que não pode ligar-se qualquer significado, tal é a sua variedade»; «Certas abreviaturas confundem a investigação e a encaminham dolosamente nos enredos do enigma». Parece ser esta a situação do Rui…, mas diz mais: «Palavras repetidas em ordem simétrica… e iniciais na mesma disposição»; «Abundam letras desnecessárias»; «Alguns nomes próprios foram um tanto desfigurados»; «A palavra Portugal apresenta também variedades gráficas»; «Há notoriamente palavras retrógradas, algumas com letras invertidas»; «Nas legendas em latim, que são as mais raras, é exquisita a barbaridade ortográfica».

Autor: António Mota

lundi 5 mars 2007

D. AFONSO III (PORTUGAL) - CONTO DE CONTAR


AG CC.02 (?)
Espécie pertencente a Guilherme.

jeudi 8 février 2007

CONTO DE CONTAR - D. João III


Espécie pertencente a António Casaca
CONTO DE CONTAR - D. Manuel I

Espécie pertencente a António Casaca
DINHEIRO DE CONTAR - D. João III


Espécie pertencente a Khalamidad
AG CC-09
CONTO DE CONTAR - D. Manuel I


Espécie pertencente a José Matos
AG CC-38
CONTO DE CONTAR - D. João I


Espécie pertencente a Eduardo Vargues
AG CC-09

lundi 5 février 2007

CONTO DE CONTAR - Afonso III


Conto de contar em análise no Fórum de Numismática. Pela tipologia da legenda, aponto para D. Afonso III (Jomosil).
Espécie pertencente a Paulo Teixeira.
CONTOS PARA CONTAR

Alberto Gomes (2007) Moedas portuguesas e do território que hoje é Portugal. Associação Numismática de Portugal, Lisboa, p. 656.

Os contos para contar, dinheiros de conto ou moedas de conto, são peças metálicas monetiformes que, antes do uso de algarismos árabes e da numeração decimal, serviram como auxiliares na contagem do dinheiro e no seu cálculo, o que se fazia por meio de ábacos, onde o posicionamento desses discos metálicos representava um valor determinado. A sua introdução em Portugal terá sido presumivelmente feita no tempo de Afonso III, pois existem contos para contar semelhantes aos dinheiros da época, nos quais os besantes figurados nas quinas nacionais não estão ainda dispostos em aspa. A sua função terminou quando foram adoptados os algarismos árabes no país, durante o século XVI, e por isso os últimos exemplares são atribuídos aos finais da segunda dinastia, tanto mais que, nalguns, a coroa se apresenta fechada, tal como acontece em moedas dessa época. Quando o nome do rei não figura expressa ou implicitamente na legenda ou no campo, a classificação dos contos por reinados é algo aleatória,. Haverá então que atender à sua semelhança com as moedas emitidas por um monarca ou recorrer à representação de símbolos ou letras que nos indicarão a sua presumível fábrica em determinada época. As “empresas” dos reis e as suas “divisas” são preciosos auxiliares na classificação dos contos por, muitas vezes, estarem neles gravadas. Tal acontece, por exemplo, em espécimes de D. João I, onde a divisa “POR BEN” não dá lugar a dúvidas, ou então naqueles que apresentam o “rodísio” ou “moenda”, por ser a empresa de D. Afonso V, ou ainda nos exemplares com a representação de um “pelicano” – a empresa do Príncipe Perfeito – que indicarão inegavelmente D. João II, e também aqueles com a legenda “OMNES SPES EIVS CELVM”, que mostra tratar-se de contos de D. João III. Muito embora, no estrangeiro, existam contos feitos em todos os metais, incluindo o ouro, os contos para contar portugueses são em geral batidos em cobre ou latão, havendo-os também fundidos e sendo conhecidos alguns, muito raros, em prata. Será de notar que, por vezes, o escudo, como símbolo nacional, e a sua ornamentação, terão sido propositadamente alterados, com as quinas substituídas por outros sinais e o número dos castelos circundantes oscilando entre 6 e 16. Referiremos finalmente que poderão, por vezes, distinguir-se num conto características que se encontram em moedas de outros reinos. É que tendo circulado livremente em Portugal na época em causa, espécies de ouro e de prata dos mais variados países, afigura-se natural que os seus desenhos possam ter influenciado a gravura de alguns contos portugueses.


QUEM NÃO GOSTA DE CONTOS?

Por António Casaca
In Fórum de Numismática


Não pretendendo "copiar" ideias, mas o tópico do amigo Vargues, complementado com outro conto belíssimo do amigo Matos, leva-me a criar este novo tópico com alguns exemplos desta área da Numismática infelizmente pouco desenvolvida em Portugal. De forma sucinta o tópico já citado já abordou a temática dos contos para contar. No entanto quero aqui prestar uma homenagem à pessoa que mais estudou e escreveu sobre o tema: o Eng. Paulo Lemos. Os seus estudos foram indubitavelmente a fonte para a classificação hoje existente no catálogo AG. Como complemento, junto aqui alguns dos Contos representativos da numária portuguesa (até João III). Os primeiros Contos surgem em Portugal com Afonso III. De notar a ligação dos escudos no reverso, os quais são ligados por linhas rectas, em oposição aos dinheiros que são formados por quartos de círculo. As legendas aqui são inteligíveis, enquanto que nos reinados posteriores são perfeitamente "lidos" como Contos.



Embora no AG conste como sendo de Pedro I a João I, julgo que a tipologia se enquadra em João I.



Participação de José Matos (in mesmo Fórum):

Os Contos para contar são relegados para segundo plano na numismática, que apesar de serem monetiformes, carecem dos atributos funcionais próprios das moedas: serem aceites em pagamento de dívidas, ou, em termos mais latos, a servir de intermediário geral nas trocas. É interessante notar que os contos eram inicialmente cunhados à semelhança das moedas que circulavam no país mas que pela confusão que originavam foram, segundo Pedro Batalha Reis, na sua Cartilha da Numismática Portuguesa, alterados na legenda e no tipo que os caracterizava. Se os primeiros foram cunhados em Portugal os seguintes, a partir de D. João I são apontados como quase todos originários de Nuremberga, que os produzia para vários mercados. As várias oficinas dessa cidade seguiam vagamente o estilo das moedas que copiavam pois nestes aparecem legendas fantasiosas e o escudo das quinas deturpado. São fabricados em metal amarelo, latão, que lhes permitiu facultá-los a um preço acessível para venda directa a particulares. Em época de D. Afonso V havia em Lisboa a Casa dos Contos, onde trabalhavam oito contadores permanentemente, com o vencimento de dez mil reais e de mantimento cinco mil reais. Em meados do séc. XVI esse número aumentou para 40 e devido ao grande florescimento económico em Lisboa eram tantas as pessoas a entregar dinheiro que alguns tinham que voltar no dia seguinte para terminar a operação.

António Casaca apresenta, no F.N., fotos de outros exemplares pertencentes a outros reinados e não correspondentes, a priori, a dinheiros.